domingo, abril 27, 2008

Poetas sem Fronteiras

TERMO POÉTICO

POETA SEM FRONTEIRAS deve ser considerado a partir desta data um "Movimento literário e cultural sem fins lucrativos", que visa divulgar em primeiro lugar a Poesia como fonte sensibilizadora e transformadora capaz de ressuscitar a essência de beleza e fraternidade que muitas vezes é negada pela priorização das leis de sobrevivência . Poetas sem Fronteiras porque o mundo é um poema divino e de certa forma o pensamento poético se encontra inserido inegavelmente em quase todas as formas de manifestação artística. Sem Fronteiras porque é sentimento e sentimento não tem cor, é atemporal , não possui medidas e não pode ser analisado por padrões sociais ou culturais. Sem Fronteiras porque a arte é produto humano dotado de afetiva transparência. Esta transparência é justamente a demonstração de uma luminosidade que une os seres e os distancia de tudo que nega o dom sublime da vida."POETAS SEM FRONTEIRAS", porque a palavra é instrumento que rompe espaços inaugurando viagens inexplicáveis. Sem Fronteiras porque é através da arte que é possível semear a consciência do quanto precisamos aprender a amar. Sem Fronteiras porque o homem jamais pode estagnar-se, jamais deve abandonar o sonho. Enfim, Sem Fronteiras porque o verso é força bruta que dilacera o tempo para plantar rosas no meio de um deserto.Os poetas sem Fronteiras também serão considerados guerrilheiros da sensibilidade. Rio de Janeiro sete de dezembro de dois mil e seis. Eu, Eurídice Hespanhol Macedo Pessoa, criei o título e o texto deste "Movimento" com o objetivo de convidar outros poetas para fazerem parte e se unirem ao movimento e seus objetivos. Aos que se identificarem com o movimento e suas premissas aqui descritas serão considerados "Guerrilheiros da sensibilidade".

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2006,
Eurídice Hespanhol Macedo Pessoa

www.poetassemfronteiras.com

Na dúvida, reposto !

(sem título)

Como sentir a vida,
se o sol é quente
e arranha a face
que a água enxuga ?

Como sentir o vento,
se a chuva molha
e a vida passa,
como sem tempo ?

Como sentir o medo,
se o grito esfria
e o vento corre ?

Como não sentir dor,
se as mãos são fortes ,
mas não dá pra segurar a vida ?


E uma última e derradeira gota de lágrima cristaliza-se sobre sua fronte nua, como se o grande motor, de uma hora pra outra, não fosse mais capaz de se mover diante de tamanha

Para quem sabe que é para si

Seu olhar, vejo, azul, espero, sinto
seu cheiro, perto, na memória, afago
seus cabelos, loiros, longe, quero
seu beijo, sua pele, pétalas
de rosa sob o orvalho do meu desejo

Enganação

Esse poema é uma enganação.
Seus versos livres fingem.
Fingem quebrar a regência verbal.
Fingem não levar a vida a sério.
Fingem livremente ser livres
E não ser talhados
por um cérebro dodecassílábico,
castiço, retrógrado,
com estrutura AAB CCB
e que só faz sexo "papai e mamãe"
com a luz apagada.

Frederico Pessoa

(escrito nos meandros de 2007)