quarta-feira, dezembro 27, 2006

FIM

Eis um momento do tempo em que penso que o vento tem o intento de soprar um sentimento e que talvez lento tenha sido o entendimento de meu próprio comprometimento (profundo) ou nem tão falho o auto-conhecimento que levou a um distanciamento do mundo.

(Eis que percebo, com medo, que a gravidade da idade ou da masculinidade ou o peso da responsabilidade me distancia, dia a dia, da poesia.)

E tudo tão rápido e de repente que ser sozinho parecia premente para receber as mudanças que ocorriam sorrateiramente. Talvez não fosse esse o único caminho, mas o único conhecido para um crescimento (sofrido): distanciamento.

Mas eis que sozinho perdi a oportunidade do junto e um junto que não vai mais ser e por não poder tentei acelerar o fim de um processo que ainda é

E eis que sei que um dia hei de olhar para o que deixei e deixar de pensar que só o só é a menor distância entre dois pontos.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"Alguém que descubra verdadeiramente e viva a experiência da impotência e da solidão, não está só. Ou melhor, somente quem tem a experiência da profunda impotência humana, e portanto da solidão pessoal, sente-se perto dos outros e se achega facilmente a eles, como pessoa perdida e sem abrigo numa tempestade, e sente o seu grito como o grito de todos, e a sua ânsia e a sua espera como ânsia e espera de todos.Somente quem possui a verdadeira experiência da impotência e da solidão está com os outros sem cálculos e sem prepotência e, ao mesmo tempo, sem passividade, sem se deixar arregimentar, sem se submeter a tornar-se escravo da sociedade."

Fala Fred, tirei do livro que te dei, na pag.106-107, um pouco mais bem explicado do que conversamos que quanto mais uma pessoa se conhece mais se identifica e se coloca junto aos outros.
Abração
Alexandre

9:47 AM  
Blogger Will said...

:-)

na área.

9:40 PM  

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