sexta-feira, fevereiro 24, 2012

momentos, desejos, sonhos
a realidade tão perto
tão longe
fosca, etérea, incerta

desejos e sonhos
Pra quê ?
Passam com o momento
E se de tão importantes
são tão nada quando são
e tão indiferentes
quando não

decepções à toa
vida que foge
e não muda nada.

segunda-feira, junho 06, 2011

Perdas

Céu nublado.
Nuvens secas, folhas secas.
Lágrimas também secas.
Que ecoam a distância e o vazio,
o tempo e a falta de razão.

Não entendo.
Finjo que entendo.
Adulto que sou, finjo.
Que sou...
Que não preferia não ser...
Ou que tudo voltasse.
E novamente fosse.

Vai.
Devagar a vida segue.
Como um vagaroso rio.
Solitário.
Quase seco.
Quase nada.
Praticamente imperceptível.
Mas que segue.
Irresistível.

domingo, fevereiro 27, 2011

Domingo de manhã

Manhã cinza em São Paulo.
Um dia como outro qualquer.
Tomo um café com leite,
Leio e-mails,
Faço uma declaração de amor
enquanto ela escova os dentes.
E escrevo enquanto ela vai na missa.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Separação

uma cama vazia,
uma calça de pijama
esquecida num canto,
arroz com feijão pra dois,
espaço e silêncio
tão nada.

Invento coisas, faço mais, mas...
Uma hora paro
Pra comer.
Não, pra escrever.
Escrever o nó que me tira a fome,
Escrever o que não sei fazer samba com beleza.
Só falta a beleza.

sexta-feira, maio 28, 2010

Heute hat mein Deutsch Lehrer gesagt, dass er dieser Blog gefunden hat. Also muss ich etwas schreiben...

Das war es.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

teste

Ich bin nicht tot.

domingo, julho 27, 2008

último suspiro

o frio penetra os dentes
arranha as narinas
a dor lacera os ossos
a cor some dos olhos
a face que se some sob os dedos
a face que se some sob os dedos
a face que se some sob os dedos
a face que se quem se importa ?

o tempo pára
não
o tempo acaba

o espaço aperta o espaço
as mãos empurram em vão
as pernas empurram em vão
o ar pesa sobre os ombros
o peito arfante guarda
o coração pulsa
aguarda
nada
nada
nada
acontece

o pulso, a repulsa,
o nefando, o mesmo
o sangue em desalento corre
escorre
todo verbo se faz inerte
toda palavra escura
todo sentimento vão
tudo todo torpe ou não
some
empalidece
apaga
finda
fim

domingo, abril 27, 2008

Poetas sem Fronteiras

TERMO POÉTICO

POETA SEM FRONTEIRAS deve ser considerado a partir desta data um "Movimento literário e cultural sem fins lucrativos", que visa divulgar em primeiro lugar a Poesia como fonte sensibilizadora e transformadora capaz de ressuscitar a essência de beleza e fraternidade que muitas vezes é negada pela priorização das leis de sobrevivência . Poetas sem Fronteiras porque o mundo é um poema divino e de certa forma o pensamento poético se encontra inserido inegavelmente em quase todas as formas de manifestação artística. Sem Fronteiras porque é sentimento e sentimento não tem cor, é atemporal , não possui medidas e não pode ser analisado por padrões sociais ou culturais. Sem Fronteiras porque a arte é produto humano dotado de afetiva transparência. Esta transparência é justamente a demonstração de uma luminosidade que une os seres e os distancia de tudo que nega o dom sublime da vida."POETAS SEM FRONTEIRAS", porque a palavra é instrumento que rompe espaços inaugurando viagens inexplicáveis. Sem Fronteiras porque é através da arte que é possível semear a consciência do quanto precisamos aprender a amar. Sem Fronteiras porque o homem jamais pode estagnar-se, jamais deve abandonar o sonho. Enfim, Sem Fronteiras porque o verso é força bruta que dilacera o tempo para plantar rosas no meio de um deserto.Os poetas sem Fronteiras também serão considerados guerrilheiros da sensibilidade. Rio de Janeiro sete de dezembro de dois mil e seis. Eu, Eurídice Hespanhol Macedo Pessoa, criei o título e o texto deste "Movimento" com o objetivo de convidar outros poetas para fazerem parte e se unirem ao movimento e seus objetivos. Aos que se identificarem com o movimento e suas premissas aqui descritas serão considerados "Guerrilheiros da sensibilidade".

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2006,
Eurídice Hespanhol Macedo Pessoa

www.poetassemfronteiras.com

Na dúvida, reposto !

(sem título)

Como sentir a vida,
se o sol é quente
e arranha a face
que a água enxuga ?

Como sentir o vento,
se a chuva molha
e a vida passa,
como sem tempo ?

Como sentir o medo,
se o grito esfria
e o vento corre ?

Como não sentir dor,
se as mãos são fortes ,
mas não dá pra segurar a vida ?


E uma última e derradeira gota de lágrima cristaliza-se sobre sua fronte nua, como se o grande motor, de uma hora pra outra, não fosse mais capaz de se mover diante de tamanha

Para quem sabe que é para si

Seu olhar, vejo, azul, espero, sinto
seu cheiro, perto, na memória, afago
seus cabelos, loiros, longe, quero
seu beijo, sua pele, pétalas
de rosa sob o orvalho do meu desejo

Enganação

Esse poema é uma enganação.
Seus versos livres fingem.
Fingem quebrar a regência verbal.
Fingem não levar a vida a sério.
Fingem livremente ser livres
E não ser talhados
por um cérebro dodecassílábico,
castiço, retrógrado,
com estrutura AAB CCB
e que só faz sexo "papai e mamãe"
com a luz apagada.

Frederico Pessoa

(escrito nos meandros de 2007)

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Humildade (Cora Coralina)

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.
Em meio ao transito caótico de pensamentos e idéias, olho pra cima.

Admiro o passo paciente das nuvens, a beleza do azul do céu (tão desprendido do fluxo do tempo) e a solene companhia da lua: esta hoje está com pressa, como eu.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Esse fim de semana, eu tirei uma foto andando na floresta da tijuca. Graças ao cartão de memória de 2 Gb, eu não precisei apagar a foto pq ela ficou tremida. Acaba que ela ficou um wallpaper bem legal que eu tô usando agora. Fiz 3 versões, se alguém quiser baixar:


800x600
1024x768
1280x768

Espero que gostem.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Beer Dance

sexta-feira, novembro 09, 2007

Vc sabe o que é emo ?

Eu aprendi hoje no globo, numa reportagem de um cara que diz acha que é vampiro.

tribo Emo (fã de hardcore com letra romântica, com visual andrógino, que usa maquiagem e gosta de chorar)

perfeito ! E o meu avô lê isso também !

segunda-feira, agosto 13, 2007

Reencontro

Uma amizade antiga,
memórias, lembranças...
Tudo tão diferente...
Do que era...
Do que poderia ter sido.

O que você faz ?
Nada. Só conto o tempo.
Não os minutos e as horas.
Não os dias e os meses.
Só o tempo. E você ?
Eu olho as estrelas,
brinco com os grãos de areia,
planto árvores,
estudo teosofia,
preparo o corpo e a mente,
observo a sociedade,
mudo as pessoas,
experimento,
busco.

Tudo tão diferente...

quinta-feira, julho 05, 2007

Les Pardaillan

Esse é um dos melhores livros que eu já lí. Diversão garantida. Baixei o livro áudio em francês. Não, infelizmente não é narrado pelo Cid Moreira. Mas vale a pena para quem tá aprendendo francês deixar rolando enquanto faz outras paradas perto do computador.

Para baixar, clique aqui.

terça-feira, julho 03, 2007

Evolução do Cinema Europeu

Depois de muitos anos, o cinema europeu evoluiu e chegou ao nível do cinema brasileiro das décadas de 60 e 70:

segunda-feira, julho 02, 2007

Por que eu nunca fiz isso ?