quarta-feira, setembro 28, 2005

Crescer

Como dizer à noite
que o amor é medo,
se nem se enxerga o vento
que passa ? É cedo.

Como ouvir a voz que ronda
as gélidas masmorras
sem abrir feridas que traçam
ardentes figuras ?

E se só da dor surge o êxito,
como então fugir do pulso
que marca o tempo que era ?

Seguem-se as lutas e horas.
Dançam as cicatrizes.
Para o momento que era.

E se afastando de sí, o homem segue, cada vez mais dúbio e inseguro enquanto ruma à certeza. Mas não percebe que nesta jornada, enquanto luta, vence, perde e chora, se encontra cada vez mais longe. E corre o risco de nunca mais encontrar o caminho de volta. E sem voltar, estará ele perdido. E embora carregue agora em seu corpo as marcas de uma história, nunca se saberá dizer a respeito do novo homem: será melhor que o antigo ?

4 Comments:

Blogger Guilherme Martins da Costa said...

Maneiro cara! nem lembrava q tu tinha blog... nem sei se sabia, hehe
Tenho certeza de que se vc ler com atenção a primeira estrofe, vc ira consertar a organização das palavras com as linhas.. ela não deixa o ritmo fluir...
Abraço!!!

11:03 PM  
Blogger Guilherme Martins da Costa said...

"que passa" ta jogado sem rumo na linha errada...

11:04 PM  
Blogger fredao said...

Eu li com atenção e não conserto poemas. Eles tem natureza e força próprias. Nascem de um rompante de imaginação e vibração em sintonia com algo que não sou eu. Por isso são da sua própria forma que está além de regras gramaticais e convenções lingüísticas.

mas valeu anyways !

abraços !

11:31 PM  
Blogger fredao said...

Nesse contexto, there's no suich thing as "certo" e "errado". ;o)

11:33 PM  

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